As memórias de Lucia Berlin, autora de Manual para mulheres de limpeza. «O que é que eu tenho andado a fazer, a brincar a minha vida toda? Foi só há uns meses, talvez semanas, que comecei a aprender o que era amar, o que era o amor. Agora, de repente, compreendo o casamento e percebo que o tratei de forma tão leviana e até que ponto é difícil (e simples).» Em 2015, com a publicação de Manual para mulheres de limpeza, Lucia Berlin foi finalmente aclamada como uma das grandes contistas americanas e uma das mais importantes redescobertas literárias do século. Pena que isso tivesse acontecido mais de cinquenta anos depois de publicar o primeiro conto, e sem que a escritora o pudesse celebrar. Antes de morrer, Lucia Berlin estava a trabalhar num livro de textos autobiográficos a que tinha chamado Bem-vinda a casa. Para compor o volume inacabado, Jeff Berlin, filho da escritora, junta aos seus textos um conjunto de fotografias e cartas da sua vida preenchida, trágica e romântica. O volume constitui assim uma entrada privilegiada na vida de uma escritora fascinante, que se inspirava na própria vida - itinerante e variegada - para rechear a sua ficção. Do Alasca à Argentina, do Kentucky ao México, de Nova Iorque ao Chile, o mundo de Lucia Berlin era vasto. E a sua escrita, nesta memórias e cartas, é tudo aquilo a que a autora nos habituou nas suas histórias: irónica e sábia, trágica e divertida, exuberante e comovente. Berlin descreve os lugares onde viveu e as pessoas com quem se cruzou com a vivacidade, a candura e o sentido de humor que fizeram dela uma autora de culto um pouco por todo o mundo. Bem-vinda a casa convida-nos a entrar nesse mundo tão particular e sedutor que foi o de Lucia Berlin. Os elogios da crítica: «Tal como a sua ficção, estes textos de Berlin são tão multifacetados como o diamante mais brilhante. Mas em vez de nos cegarem com a sua luz, convidam-nos a observá-los com mais atenção e a perdermo-nos nas suas profundezas. » Nylon «Muito antes da moda da auto-ficção, Lucia Berlin já desfiava o seu dia-a-dia numa prosa tão poderosa quanto comedida, que latejava com brutal autenticidade# O mistério da sua ficção não está na fonte da sua inspiração. Está no modo como Berlin transformava a sua vida numa arte tão vital quanto a vida propriamente dita.» Vogue «Uma introdução divertida e por vezes bombástica à vida de montanha-russa de Berlin# Instantâneos da sua vida, crus, apaixonados, sem filtro e por isso deliciosos.» Los Angeles Review of Books «As memórias de Berlin evidenciam o seu incrível talento para pegar em episódios particulares da sua memória e os transformar em histórias que falam com todos nós. Neste livro percebemos que Berlin catalizava as suas memórias para as verter em contos precisos e surpreendentes. Berlin converte a memória em ficção,e usa a ficção para revisitar e rever a memória. (#) Este livro revela o quanto a sua vida está presente nos seus contos, e então a força e a subtileza dessas histórias torna-se ainda mais evidente. É maravilhoso como Berlin transforma a memória e a nostalgia em arte.» The Washington Post «Este volume dá-nos um vislumbre da alegria de Lucia Berlin, que está tão intensamente presente na sua obra quanto a solidão e o desespero. A escrita dela adora o mundo, detém-se demoradamente em pequenos detalhes de texturas e de perfumes.» The Atlantic «Este livro deveria aprofundar aquilo que pensávamos saber sobre Berlin e a sua vida. Os seus textos são sugestivos, comoventes, por vezes terra-à-terra, e completamente despidos de auto-piedade. Lê-los é como ouvir alguém contar-nos a sua história de vida enquanto vemos fotografias desse tempo.» John Freeman, Boston Globe «As impressões que Berlin nos oferece da sua infância são tão vívidascomo a sensação de olhar para uma revista velhinha de que gostamos muito# A linguagem é elevada e percorrida por um encolher de ombros perante o fatalismo, uma convicção de que nascemos exactamente para ser o que somo
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